sexta-feira, 10 de março de 2017

Seguir

É preciso seguir

Talvez não saibamos  quando e onde vamos chegar
Mas é preciso seguir caminhando
Se pararmos nunca saberemos
O que vem depois da próxima curva?
O que há detrás daquela árvore?
Embaixo da pedra no meio do caminho?
Ás vezes o dia tá nublado e não conseguimos ver a luz
Nos invade o sentimento de impotência,  o medo paralisante
É preciso dar o próximo passo, mover-se,
Ir com medo, sem vontade, mas seguir em frente
E caminhando o vento sopra e dissipa o nevoeiro


quinta-feira, 9 de março de 2017

É hora de dizer adeus
                                              
Difícil aceitar que você foi embora
No meu peito uma dor imensa invadiu
E a dor veio me mostrar
O quanto é tão ruim sem você aqui.

Mesmo em noites tristes
Só desejo teu carinho
Tinha tantos planos
Chega de ilusão! Não vou te encontrar.

Sem você não dá,
Sem você não dá pra ficar.
Tão presente a falta de te amar
Dá um tempo solidão!

A saudade é tanta
Sinto aqui dentro um vazio
Tinha tantos planos pro fim
Sentir essa dor é tão ruim.

Por que tem que ser assim?
Eu tenho que achar a paz
Não sei se os meus dias estão contados
Mas logo eu vou encontrar você.


Aline Rodrigues dos Ssantos

sábado, 18 de fevereiro de 2017


Qual a Postura Ideal Para o Professor na Contemporaneidade?


O ensino no Brasil já passou por várias fases desde a chegada dos portugueses há mais de quinhentos anos. 
Inicialmente a Igreja com seus representantes jesuítas tinham como missão catequizar os nativos brasileiros em nome de Cristo.
Já em meados do século XVIII ainda no período colonial é implantado através da reforma pombalina o ensino público com base nas Cartas Régias, ainda assim manteve-se o “Ensino Religioso” nas escolas, e tampouco o ensino era universalizado na sociedade daquele período.
Com a vinda da Família Real no início do século XIX algumas mudanças começaram a ser empreendidas neste sentido, inauguram-se algumas Escolas superiores como as Academias Militares e a Escola de Medicina, mas ainda assim o acesso era pra poucos e privilegiados.
Somente na época da implantação da Nova República alguns pensadores lançaram efetivamente um Manifesto no qual reivindicavam uma educação gratuita e laica, chamado "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, foi um movimento importante e que viria a influenciar os modelos de educação até a contemporaneidade.
Durante todo esse período a educação privilegiou outros motivos que não o educando o mais importante objeto dessa relação ensino-aprendizagem. O papel do professor passou por: evangelizador, detentor do conhecimento, transmissor dos conhecimentos acumulados etc.
Então refletindo sobre a História da Educação no Brasil, e a realidade que há muito foi instaurada neste país, venho divagar um pouco sobre o tema.
Acredito no Brasil como um país democrático e carente de pessoas conscientes do sentido de “Ser Cidadão e Ético”, pois, no nosso país as leis foram criadas antes das pessoas terem noções sobre esses conceitos e tampouco exercerem o mesmo. Neste sentido gostaria de trazer umas palavras do Paulo Freire:
A necessária promoção da ingenuidade à criticidade não pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética ao lado sempre da estética. Decência boniteza de mãos dadas. Cada vez me convenço mais de que, desperta com relação à possibilidade de enveredar-se no descaminho do puritanismo, a prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de pureza. Uma crítica permanente aos desvios fáceis com que somos tentados, às vezes ou quase sempre, a deixar as dificuldades que os caminhos verdadeiros podem nos colocar. Muheres e homens, seres histórico-sociais, nos tornamos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper, por tudo isso, nos fizemos seres éticos. Só somos porque estamos sendo. Estar sendo é a condição, entre nós, para ser. Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela. Estar longe ou pior, fora da ética, entre nós, mulheres e homens é uma transgressão. É por isso que transformar a experiência em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar. (FREIRE, 1996)


 Neste sentido o professor na contemporaneidade deve estar atento não só ao conteúdo lecionado, mas também praticar com seus alunos o “ser ético” socialmente, pois, temos um Brasil arraigado no chamado “jeitinho brasileiro”, em que as pessoas cometem pequenos atos de corrupção, sem terem de fato conhecimento e consciência profunda do que estão fazendo, noss@s alun@s criticam a postura dos políticos, mas, no fundo estão cometendo uma prática parecida com a que estes praticam, porém, em menor escala, o que não muda, tampouco os isentam de serem colocados no mesmo patamar.
Como educadores devemos termos sempre uma postura ética e cidadã, dialogar com os educandos instigando-os a ter uma postura política, independente de suas orientações, possibilitando um diálogo aberto e de crescimento como cidadãos éticos e conscientes de suas escolhas. O professor não deve ter atitudes autoritárias, mas ao contrário, ter uma relação de troca, de contribuição/corroboração entre saberes adquiridos por ambas as partes, “ensinar inexiste sem aprender e vice versa” (FREIRE1996). 
Agindo dessa maneira, creio que o educador estará contribuindo bastante para formar futuros cidadãos éticos e conscientes de seus direitos e deveres, diante de uma sociedade em transformação como a nossa. Dessa maneira poderíamos dizer conforme Piajet nós educadores estaríamos contribuindo para uma formação de seres “autônomos” e capazes de discernir melhor, sobre as posturas políticas em nossa sociedade, o que poderia acarretar numa grande transformação social, possibilitando uma sociedade mais igualitária e justa.




Referência bibliográfica:

- Cunha, Marcus Vinícius. A DUPLA NATUREZA DA ESCOLA NOVA: PSICOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS. Cad. Pesq., São Paulo, n.88, p.64-71, fev. 1994
- Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
- Yves de La Taille. DESENVOLVIMENTO DO JUÍZO MORAL E AFETIVIDADE NA TEORIA

DE JEAN PIAGET In: PIAGET, VYGOTSKY, WALLON: Teorias Psicogenéticas em Discussão. Yves de La Taille, Marta Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Parnasiana

Queria eu ser parnasiana
Arte pela arte
Com refinamento da linguagem
Fazer da minha vida autossuficiente
Assim como exigente
Ter em mim a metrificação
Mas nunca deixar a rima com o "ão"
Pois de uma certa forma
Para ser Parnasiana
Eu preciso ser óbice
E não problema