terça-feira, 29 de novembro de 2016

Introdução e-book

Introdução
Somos alunos do segundo período do curso de letras da Universidade do Estado de Minas Gerais, unidade Ibirité. Quando o nosso professor Weslei Clem de Menezes, de Informática da Educação nos propôs a criação de um e-book, veio logo a pergunta: “Sobre o quê escreveremos?”
A resposta foi óbvia, instantânea e de comum acordo entre os autores. “O que nos motiva?”; “O que nos identifica?”
As letras nos motivam, fazem parte de nossa essência, de como nos constituímos como indivíduos e sujeitos ativos no mundo. Como estudantes amantes dos livros nos orgulhamos, mesmo que intimamente, de possuir e desenvolver textos de gaveta, tão comuns e quase sempre particulares e carentes de público, muitas vezes descartados ou esquecidos com o passar do tempo e a correria cotidiana que acaba por reprimir esses momentos de devaneios e construções.
O que nos identifica como grupo e indivíduos é o nosso apego com a leitura e escrita, sendo assim, juntamos textos que são pedacinhos únicos da nossa identidade, deixando neles as nossas digitais.
Percebeu-se na discussão do grupo que todos tínhamos textos próprios, engavetados, singulares e bastante expressivos. Havia dois sentimentos contrastantes: O medo da exposição e a falta de oportunidade para a divulgação. O e-book surgiu como uma chance de auto descobrimento, crescimento pessoal e coletivo.

Alguns produzem crônicas, outros poemas, contos, artigos…
CONTINUA

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Poema

                                                            

                                                         Estudar?


Sabe aquele dia frio?
Em um bom lugar?
Quem sabe ler um livro?
Mas tenho que estudar!

Dia chuvoso, melancólico.
Mas tenho que estudar!
A cama me chama novamente
Mas tenho que estudar!

Lá fora a chuva cai. Já se foi metade do dia
Mas tenho que estudar!
Matéria disso, daquilo, mas estudar nem vontade dá
Mas tenho que estudar!

Enfim, faço tudo que não devia fazer
Mas e o estudar?
O estudar como que um complô não dá
O barulho dos carros, da máquina de lavar
O som do vizinho e até meus pensamentos ouso escutar
Eu tinha que estudar.


                                                                    Adriano Fernandes Pereira da Silva

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O Gênero Textual blog na educação: suas possibilidades e o problema da avaliação


O Gênero Textual blog na educação: suas possibilidades e o problema da avaliação

Apesar do blog ter sido criado em 1997 por Jorn Barger ao qual nomeou inicialmente de “weblog”, foi somente em 1999, e aí já com a denominação de apenas “blog”, que as pessoas começaram a criar blogs em diversos países pelo mundo, os mesmos passam a servir de plataformas à varias tendências e vertentes, em suas serventias e conteúdos. (Querido, Ene, 2003)

Conforme (Oliveira, 1999):

Com a evolução dos números, assistimos também a evolução dos usos, formatos e funções dos blogs, o que tem garantido sua popularidade. Weblogs atualmente podem ser encontrados nos mais diversos formatos, como blogs, fotoblogs, audioblogs, videoblogs, moblogs e MP3blogs, por exemplo.

Neste sentido os blogs passaram através de seus “donos –autores” a servirem para divulgação de todas as tendências, interesses e assuntos  como: arte, receitas, poesias, política, economia, moda, e muitos outros.

Uma das vertentes que concomitante às outras surgiram então, foram os blogs que de alguma forma estão ligados à educação. Sobre isso (Oliveira, 1999) diz:

Em seu processo evolutivo, os blogs têm sido usados como um poderoso instrumento de expressão pessoal e de escrita colaborativa, seja a partir de sites Individuais, o que é o mais comum na web, seja de forma coletiva, em blogs escritos por vários autores ao mesmo tempo. Todos desfrutam da possibilidade de, através de recursos de links e comentários, participar de comunidade de interesse na web, dando viabilidade a essa mais recente veloz e transformadora interface social.

 (Oliveira, 1999) com relação ao ensino acadêmico escreve:

No meio acadêmico e educacional a interface blog tem ganhado grande importância. Seu uso tem sido difundido cada vez mais como objeto de aprendizagem, encarnando, com grande entusiasmo, ser o vetor de um modelo de ensino-aprendizagem no qual a construção coletiva de significados representa um novo fazer educativo. O surgimento dos blogs coincide exatamente com o momento em que a presença das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no tecido social passa a exigir transformações no modo de fazer e agir das instituições sociais.

O blog conforme entendo é um gênero textual, ele existe desde a déc. de 90 e tem sido desde então usado crescentemente pelos usuários da web em vários segmentos, inclusive na educação, no entanto neste segmento poderíamos encontrar barreiras de alguns que não tem um pensamento progressista que colocariam como problema a “avaliação escolar”,  em sua pesquisa (Santos)         constata:

Nossa história e vivência avaliativa ainda são baseadas pela prática dos exames, mesmo quando ensaiamos e temos a oportunidade de vivenciar novas práticas de avaliação. Nossa pesquisa constatou também a dificuldade que temos quando estamos diante do desafio da co-avaliação. Muitas vezes a avaliação ainda é uma prática unidirecional – no máximo bidirecional – entre professor  e aluno, e  vice-versa. É  preciso   investir  em  ações   hipertextuais e

interativas em que todos possam avaliar todos. Notamos essa dificuldade tanto em nossa prática quanto na literatura específica sobre o tema.

Como podemos constatar os blogs a mais de duas décadas, vem servindo de maneira crescente aos blogueiros, para divulgarem diversos conteúdos sobre os mais variados temas, dentre estes a educação. Este tipo de gênero tem um suporte simples e de interação entre autores e público que através da internet, interagem com comentários sobre as postagens.

Na educação no entanto ao usarmos o blog como plataforma de ensino formal, surge um problema que há muito vem sendo discutido: a avaliação. Pois, vivemos com uma prática de ensino na qual a avaliação ainda é vista para muitos, como uma forma a utilizarmos para medir a potencialidade do aluno de acordo com o conteúdo lecionado.

Apesar desta constatação, concluo que o blog como plataforma na educação pode ser utilizada em vários aspectos da aprendizagem, uma vez que o mesmo serve para divulgar textos sobre vários temas, inclusive temas educacionais, e que o professor pode indicar para leitura e interação com o mantenedor do blog. Para a avaliação, levar-se-ia em consideração o conteúdo/assunto indicado pelo professor, e o entendimento do aluno sobre o mesmo, que foram pesquisados nos blogs. 
  
Referências:



Uso dos blogs na educaçao

Resumo feito por Adriano Fernandes pereira da Silva sobre: O uso do Blog na educação.
Nos últimos anos com a rapidez com que as informações são transmitidas, o blog em especial é uma ferramenta digital de comunicação e interação entre as pessoas. E tem sido aplicado no contexto educacional, como suporte para formação continuada do professor.

 As tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) têm impactado diretamente no cotidiano das pessoas, visto que transformam a sociedade e o cotidiano na maneira de comunicar, estudar, trabalhar, de interagir com serviços, minimizando espaços e tempos, ao acessar e receber informações, influenciando, conseqüentemente, na maneira de agir e pensar (VALENTE, 2010).
Os blogs seriam um tipo de diário online Como diário aberto, pode ter autoria coletiva, permitindo a todos publicar ou postar seus textos e imagem.

O blog mais antigo da web é a página do norte-americano Dave Winer, Scripting News, lançado em abril de 1997. A página ainda conta com atualizações freqüentes, e é considerado o primeiro blog do mundo, embora existam polêmicas acerca da autoria (SILVA, 2009; BLOOD, 2000).

O blog viabiliza para que o professor disponibilize conteúdos, vídeos, dicas de leituras, enfim, podendo interagir com os alunos, em que os alunos registram a participação. Essa interação tem duas vertentes em que o professor alimenta e faz com que o blog siga, por outro lado o aluno comenta e faz a leitura do material.

O blog estimula a leitura e revisão textual, ou seja, os comentários e observações fazem com que se leiam e releiam os textos.
Como a base é interação, se buscou em Vygotsky a base teórica adequada, através da teoria sócio-interacionista, interação como função mediadora no desenvolvimento cognitivo.
Dessa forma houve a maior participação e interação dos alunos nas matérias, pois todos participam do blog, sendo maiores os questionamentos e aprendizado no ambiente virtual. Criando assim um aluno capaz de expor mais suas idéias vencendo a timidez e a criação do hábito da leitura e escrita, aliado ao poder crítico.

Referencias bibliográficas:

Silva, da Adriana Blog educacional: O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ensino. Disponível em: http://intranet.ufsj.edu.br/rep_sysweb/File/vertentes/Vertentes_31/adriana_da_silva.pdf Acessado em 22/11/16
Franco, Maria de Fátima Blog Educacional: ambiente de interação e escrita colaborativa. Disponível em: http://br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/416/402 Acesso em 22/11/16.
Rios, Gabriela Alias; Mendes, Enicéia Gonçalves Uso de blogs na educação: Breve panorama da produção científica brasileira na última década. Disponível em: http://reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/746/331 Acesso em 22/11/16.

VALENTE, J. A. As tecnologias da informação e comunicação no Ensino Médio. Pátio – Ensino Médio, Profissional e Tecnológico, Porto Alegre, v. 2, p. 10-13, 2010.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Graduação a Distancia, cursar ou não cursar eis a questão.

Graduação a Distância, a nova modalidade do seculo 21. Devido a evolução tecnológica e a necessidade de acompanhamento desta evolução, esta modalidade surgiu, para tentar suprir uma demanda, ainda não alcançada pelas faculdades e universidades.

A muitos que o digam, que esta modalidade surgiu, desde as épocas remotas da cartas do apostolo São Paulo, a muito tempo atrás, quando o apostolo usava suas cartas para ensinar e doutrinar, seus discípulos.

Segundo Alves (2007) a educação a distância no brasil é marcada por uma trajetória de sucessos, não obstante a existência de alguns momentos de estagnação, provocados por ausência de políticas publicas para o setor.

No Brasil esta modalidade, foi mais consolidada, por volta dos anos 70, quando os cursos por correspondência, ganharam sucesso na mídia, quando muitos profissionais, se profissionalizaram, por meio desta modalidade, através de cursos oferecidos, pelo instituto universal e instituto monitor, por exemplo.

As bases legais da Educação a Distância no Brasil foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996), pelo Decreto n.º 2494, de 10 de fevereiro de 1998 (publicado no D.O.U. DE 11/02/98), Decreto n.º 2561, de 27 de abril de 1998 (publicado no D.O.U. de 28/04/98) e pela Portaria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998 (publicada no D.O.U. de 09/04/98).

Antes dos estabelecimento destas leis, muitas universidades e faculdades, já ofertavam alguns cursos nesta modalidade, apenas com a autorização do MEC. O que fez com que que muitas destas instituições, perceberem o quanto poderia se tornar um mercado lucrativo, ainda não explorado.

Para muitas pessoas o ensino EaD, se torna uma oportunidade, para dar continuidade aos estudos, principalmente por viverem, em áreas mais isoladas e por se tratar de uma área, na qual os recursos financeiros investidos são menores, viabilizando o acesso para muitas pessoas que se dispõe de pouco recurso financeiro.

Porém, devido a ser, uma área que exija menos recursos de investimentos, e traz mais lucros para as instituições privadas, muitas instituição laçaram mão, mais do lucro, do que da qualidade desta modalidade de ensino, o que fez com que a mesma perdesse sua qualidade e confiança no mercado de trabalho.

E apenas agora nos últimos anos e que estão sendo feitas politicas que normalizem e visem, pela pela qualidade desta modalidade, mas eis a questão cursar ou não cursar uma graduação nesta modalidade.
"Antes de embarcar nesta modalidade de ensino é preciso saber se ela é apropriada para o seu perfil.
A afirmação é de Ivete Palange, conselheira da Associação Brasileira de Ensino a Distância"

O que se pode afirmar é que esta modalidade de ensino, oferece muitas vantagens e desvantagens, cabe ao futuro usuário, analisar seu perfil e ver se estar disposto a pagar o preço da escolha.




Por que estudar letras?

Certo dia eu estava me perguntando o porquê da escolha pelo curso de letras (licenciatura -português/inglês). O assunto tomou minha cabeça de tal maneira que fiquei a tarde toda pensando sem ter uma resposta concreta e satisfatória. Muitas justificativas vieram à minha mente e se eu pudesse resumir em três palavras eu diria que o que me fez optar por este curso foi "amor", "desafio" e "admiração".
O curso de letras abrange muito mais do que a maioria pensa ainda mais quando se trata de licenciatura. Muitos vão dizer " ah, vai fazer letras porque gosta de ler..." sim, eu amo ler mas não diria que seria esse motivo principal da minha escolha e acredito também que para muitos cursos de graduação superior existentes deve haver um mínimo de prazer pela leitura para que haja um bom desempenho.
De toda forma voltando ao assunto primeiramente eu diria que escolhi letras porque acredito que a leitura e a escrita são capazes de mudar e constituir uma pessoa. A meu ver o domínio tanto da leitura quanto da escrita são essenciais para existência de uma população que pensa, que fala, que julga e expõe ideias e é disso que precisamos hoje.
No curso de letras os alunos também vão se deparar com a língua portuguesa de forma bem "crua"; são abordadas a sintaxe, morfologia e morfossintaxe, que irão nos ensinar nos mínimos detalhes todas as regras da nossa "língua mãe" como por exemplo elementos das sentenças, gramática, coesão e coerência, gênero das palavras, regência, ortografia, acentuação dentre outras inúmeras coisas. Geralmente essa área do da língua portuguesa é vista com certa aversão pelos estudantes do ensino básico. Eu inclusive admito que não gostava dessa área e tive certa dificuldade ao lidar com ela na escola. Estudar então o português de forma "nua e crua" é para mim um desafio e pretendo absorver o máximo de conhecimento possível para que eu seja capaz de repassa-lo com muita eficácia.
O estudo do inglês para mim que é uma área optativa no curso de letras podendo ser outro idioma ou apenas português, tem uma importância muito grande além de ser uma enorme paixão pessoal. Sempre gostei dessa língua e desde pequena tive contato. Acho de suma importância o domínio da mesma que é considerada uma língua universal. Não só a língua inglesa mas o domínio e conhecimento de outra língua "abre a nossa mente" e é gratificante. Nesta área também nota-se certa apatia dos estudantes e um pouco de aversão, acredito dessa forma que seria dever do professor apresentar ao aluno uma língua estrangeira de forma mais dinâmica fazendo com que este crie afeição por este aprendizado.
A literatura, estudado pelo curso de letras me encanta muito. Sempre gostei de ler. Infelizmente, os jovens de hoje, em sua maioria não compartilham dessa paixão. Creio que isso se dá pelo fato da escola não incentivar a leitura de forma correta e não fazer com que esses alunos criem uma afeição não só por leitura mas pela literatura em si. É muito importante também o fato de que na graduação superior os estudantes têm contato com vários tipos de literaturas. Vejo isso de forma bastante positiva pois faz com que a gente saia da nossa "zona de conforto" e amplie os nossos conhecimentos. Eu, por exemplo, tive uma experiência muito bacana com a literatura brasileira na Universidade, aprendi que ela é riquíssima sendo que antes eu a considerava simplesmente "chata" e "maçante". É muito interessante saber lidar com literaturas diferentes, extrair suas essências e saber apreciar e interpretar suas particularidades.
Por fim vem a maior pergunta por trás da na minha opção de curso superior: "Por que licenciatura? Por que ensinar?".Bom, acredito que ser capaz de passar todo conhecimento adquirido ao longo da vida acadêmica completa o sentido do curso. Ser professor para mim é uma tarefa linda e digna de admiração. Cresci com uma professora dentro de casa, que me inspirou, continua me inspirando e me fez ver como é bonito ato de ensinar. Os professores têm o poder de mudar os jovens, de apresenta-los à uma cultura ampla e torná-los cidadãos melhores futuramente. Atualmente, a área da educação é totalmente desvalorizada em diversos âmbitos. Não só o governo está em falta com a educação mas também a própria população. Ninguém hoje quer exercer a função de professor mas eu quero. Eu acredito em mudança, acredito em uma escola melhor, acredito que os professores são capazes de criar em seus alunos o prazer pelo ensino, prazer de aprender, a busca pelo conhecimento. Acredito em uma escola que os alunos tenham voz, em uma escola menos automatizada e banalizada e mais dinâmica. Almejo que a escola seja capaz de acolher cada aluno e suas necessidades. Acredito no papel da escola para formação de jovens críticos diante do mundo em que vivem. E essa mudança começa dentro da escola, ou melhor dentro da universidade que é onde estou. Estou apenas começando meu caminho.
E é por tudo isso que eu escolhi letras!

A Importância do Professor

 " O aluno é como se fosse um solo fértil, onde o professor semeia suas melhores sementes para que se produzam belos frutos." _ PROFESSORES QUE INSPIRAM, por Dr. Anthony P. Witham.
 O papel do professor é fundamental para o desenvolvimento do aluno como cidadão, como um ser social e como um ser pensante, pesquisador, estimulando neles o desenvolvimento da personalidade.  O professor é a ponte entre as teorias e os conhecimentos de mundo, no qual prepara-se o estudante não só para uma vida profissional em ascensão, mas para uma vida pessoal baseada em valores sociais, em conhecimentos diversos, e de muito sucesso.
Para que esse objetivo seja atingido, é necessário que o mestre ame o que faz! Ensinar pelo prazer de realizar é a chave para uma educação de qualidade. Afinal, lecionar atualmente não é para qualquer um. É preciso ter coragem e disposição para enfrentar salas lotadas, infraestruturas e materiais que deixam a desejar, alunos desmotivados, salários absurdamente baixos e o tempo apertado que insiste em não render o suficiente. Mas, o bom professor tem olhos otimistas. O bom professor vai além das adversidades e faz o possível e o impossível para que o seu trabalho seja bem feito. Porque bons professores amam o que fazem e é graças a eles que a educação ainda resiste. A expectativa de um mundo melhor está na educação e, enquanto existirem professores, existirá esperança.