quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sexta-feira

Era uma manhã comum de sexta feira O tempo nublado de outrora passara A vida corria ligeira
Eu provavelmente estava atrasada Ao sair peguei um casaco Do tempo eu sempre duvidava Se ontem muito chovia Nesta sexta lá fora o sol brilhava Era uma manhã comum de sexta feira
Fui ao centro da cidade Logo eu me deparei Com tanta banalidade Com a correria do dia Corriam também as pessoas E eu de longe me continha Para não dizer poucas e boas Me sentia indignada Com a vida desperdiçada Com a vida de fachada Que no mundo perpetuava Vi que ninguém se importava Em dar ao menos um bom dia Era como afasia A emoção se ausentava Era uma manhã comum de sexta feira Mas a vida mesmo ninguém nota Vivem todos alienados Me parece uma anedota É hilário existir e não se importar Com a vida que nos cerca Com o próprio bem estar Até quando haverá Existência sem vida ? Até quando a vida será Uma longa corrida ? Não vejo por que correr Para que se apressar O que há de belo nesta vida Foi feito para se notar Por que não andar devagar? Reparar tudo que há Entender que o sentindo da vida É caminhar para se encontrar Era uma manhã comum de sexta feira Eu decidi andar a pé Divagando a vida alheia Mas queria apenas um café

  Iraê Alice

Um comentário: