terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Sou acostumada a ler poesia,
decifrá-las,
mergulhar nas palavras,
fazer parte, tomar parte
Nunca (ou quase nunca)
Escrevê-las
Mas o teu corpo,
O retrato do teu olho,
A tua boca,
O seu cheiro
e tudo que de alguma forma
-por acaso do destino, ou fatalidade cotidiana-
me é você,
Me faz querer escrever-te
(Justo tu, que por si só já é poesia)
Com a boca,
com a língua
Sempre em duo,
sempre entre,
sempre.
A poesia é só uma desculpa.

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