Carrego em mim a vontade de me fazer infinita.
A vontade de tecer um tapete irreal, sem costura no fim.
Vontade entalada na minha garganta, apertada no peito.
Carrego em mim, e também no outro,
essa vontade latente de ser eu e o universo inteiro,
ilimitada, irrestrita.
Sem medo.
Carrego em mim um espelho do mundo,
E choro o teu pranto diário, sem vergonha.
Carrego em mim, nascimentos prematuros e mortes arrastadas que enaltecem os noticiários.
Carrego o ódio, o amor e as suas variáveis.
Carrego possibilidades destoantes de transformação.
Levo tudo no colo, nos braços e na alma.
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